"A Sul da Fronteira, a Oeste do Sol", de Haruki Murakami
(imagem retirada do Goodreads)
Há muito tempo que tenho andado a ouvir falar bem do Haruki Murakami, principalmente, a Rita da Nova. Quando ela fez uma publicação no Instagram a dizer que este seria um bom livro para começar a ler livros dele então decidi que iria começar mesmo por aqui. Apesar de ser um livro bastante pequeno (tem cerca de 240 páginas), demorei bastante a lê-lo, ora porque andava de volta do projeto de estágio (que está quase quase terminado), ora porque andava de volta de séries (obrigada Twi, por me apresentares às séries turcas, eheh!) mas ontem à noite decidi que estava na altura de lhe dar um tempinho e consegui mesmo terminá-lo!
Este livro passa-se na segunda metáde do século XX e conta a história de Hajime, desde criança de doze anos até aos seus trinta e sete anos. Hajime é japonês, é filho único e isso é uma coisa que o incomoda porque todos os restantes colegas da escola têm irmãos, à excessão de Shimamoto. Como são vizinhos acabam por passar muito tempo juntos, na escola e em casa, a ouvi música, a ler e a conversar. Devido ao trabalho do pai da Shimamoto, ela acaba por ter que mudar de cidade e, consequentemente, de escola, sendo assim obrigados a separarem-se.
Entretanto, Hajime continua a sua vida na escola, a sua adolescência e vai para a universidade. Tem outras namoradas, outras paixões mas nunca se esquece de Shimamoto e até acaba por vê-la na rua e segui-la durante algum tempo, sem saber mesmo se é ela.
Vinte anos mais tarde, Hajime, já casado com Yukiko, com duas filhas e com dois bares de jazz acaba por voltar a encontar Shimamoto. Ela está diferente e há algo de muito misterioso nela e na vida que ela levou durante os 20 anos que não se viram.
A triste verdade é que certos tipos de coisas não podem voltar atrás. Uma vez que começam a seguir em frente, não importa o que faças, elas não voltam ao que eram. Se uma pequena coisa der errado, é assim que ficará para sempre. ”
Não quero contar vos muito mais mas só quero dizer que este livro fala sobre o amor, infidelidade nas relações, sobre segundas oportunidades, sobre a solidão, o desejo e a saudade. Para além disto, permite-nos conhecer um bocado da cultura japonesa naquela época.
Não vou dizer-vos que é um dos meus livros favoritos porque não consegui apegar-me aos personagens como no caso de outros livros que adorei, mas foi uma boa leitura e fiquei curiosa para ler mais livros do Murakami.